Plano completo! Muitos foram aqueles que usaram o seu intelecto superior para desenhar, organizar e implementar o plano perfeito. Muitas das vezes, estes “cérebros” estavam relacionados com crime e os seus planos tinham intenções maléficas como roubo de instalações, assassinatos, etc. Óbvio que do outro lado, havia também pessoas inteligentes para contra atacarem e prevenirem os planos diabólicos. Pode-se dizer que há um equilíbrio, como em tudo no mundo. Se o lado dos “maus” tem alguém esperto, o lado dos “bons” tem de ter alguém esperto também. Se o lado dos “maus” tem alguém com muita agilidade, o lado dos “bons” tem de ter alguém ágil também. E se alguém for a combinação perfeita disto tudo? Err...não devia ter entrado por aqui. Eu estava a falar de Alberto, e não há ninguém tão perfeito como ele. Bom, a parte para se gabar é ali mais baixo, depois da imagem genérica. [pub] Imagens genéricas! Mais leves que as imagens tradicionais. Consulte o seu host de imagens para mais informações. [/pub] É melhor passarmos à acção. E não estou a falar de sexo, porque nenhuma mulher é boa para Alberto. Nem mesmo a Maryse. Essa pode ficar com gajos com “spiked hair”. Há algo no ar nestes últimos dias. Não é bem um cheiro, nem um aroma. Parece que o ar está mais leve, mais limpo e mais puro. Será que a poluição está a diminuir? Não, seus burros. Não sabem o que é uma metáfora? Pois, eu também não sei. Este monólogo ainda não suporta figuras de estilo. Continuando, algo no ar parece diferente. Sim, é um sentimento de bem estar, de realização. Mas de onde vem? Parece que vem de uma estrada a 15km da casa de Alberto. Apenas se vê um carro, neste caso uma limusine a atravessar esta estrada rodeada de pinheiros com mais de 5 metros. Dá prazer passar nesta estrada, se não fosse uma estrada particular de Alberto. Quem quiser passar aqui tem de pagar uma taxa moderada de 50 dólares.Dentro da limusine vemos o motorista. Com pose calma e direita. Ele não nos interessa para nada, porque, como a maior parte dos lacaios de Alberto, este também não tem carácter nenhum. A situação interessante passa-se na parte de trás do carro. Mais uma vez, seus perverts, não é nada do que vocês pensam. Ricardo Rodriguez estava de um dos lados da limusine a mexer nuns papéis que diziam “Propriedade”, “Licensa” e outros termos que não nos interessam. Ele parece estar bem entretido, vê-se pelo sorriso na cara de Ricardo. Do outro lado está Alberto Del Rio. Bem vestido, como sempre, Alberto parecia estar nas nuvens, algo que ainda não tínhamos visto.Alberto Del Rio: Ai Ricardo Ricardo... Sabes? No início pensava que ias arrastar-me para mais um evento estúpido, que sinceramente, nem deviam de existir. Dá-me voltas ao estomago ter de me socializar com gente tão pobre e sem classe, mas até sinto que vou gostar disto.
Ricardo Rodriguez: Lembre-se senhor. Tem uma imagem a proteger.
Alberto Del Rio: E achas que vão ser uns meros campónios a arruinarem-me? Eu já disse publicamente que o público não me interessa. O Eric Bischoff que os entretenha que piadas do tempo da minha avó e frases sem nexo. E já agora, mostre uns objectos brilhantes, como o título da UWA e...
Ricardo e Alberto têm uma troca de olhares. Ricardo não aguenta e desata-se a rir efusivamente. Alberto esboça um sorriso de gozo.Ricardo Rodriguez: Essa foi boa, senhor. Mas não acha que... não sei, poderá estar a irritar o Eric?
Alberto Del Rio: Viu-se no último show que ele é um homem esperto e sabe bem gerir o seu negócio. Ele também sabe que eu tenho em minha posse o seu querido título. É por isso que ele nunca vai poder castigar-me. Nem mesmo se eu gozar com ele à frente dos fãs, como fiz no último show. Tu viste...
O carro dá um pequeno pulo. Tinham acabado de entrar num trilho menos espaçoso de terra batida. Alberto bate furiosamente no vidrinho que serve como ligação entre as duas partes da limusine.Alberto Del Rio: Mais devagar, seu burro!
Ricardo faz uma cara de quem está a mandar vir para o motorista. Depois de se compor Ricardo volta-se de novo para Alberto.Ricardo Rodriguez: Só há uma coisa que não percebo senhor, por que é que se vai dar ao trabalho de participar num torneio em que o prémio já é seu?
Alberto Del Rio: Tu tomas-me por quem Ricardo? Achas que eu de vez em quando não gosto de um pouco de competição? Embora ninguém consiga fazer frente ao meu talento natural e superior... Contudo, fico especialmente agradado e divertido ao ver a cara dos fãs “babosos” chocados e tristes ao perceberem que mais um típico herói deles caiu a meus pés e que eu sou o melhor atleta desta empresa. Eu sou maior que esta empresa. Mas há outra razão por eu querer entrar neste torneio. Há ali um ou dois lutadores que suscitam o meu interesse. Não que eu pense que o combate com eles seria renhido ou coisa parecida. Apenas sei que era que os fãs gostavam. E, repito, os fãs não me interessam. Apenas quero o dinheiro que vem dos bolsos deles. Sim, eu vejo cifrões em vez de fãs.
Ricardo dá mais uma alta gargalhada. O resto da viagem passa sem grandes problemas com Alberto a fazer imitações de Eric Bischoff para grande divertimento de Ricardo. O carro acaba por ter de parar subitamente.Alberto Del Rio: Outra vez! Então mas quer ser despedido este anormal?
Motorista: Senhor, eu não posso fazer nada... O caminho está impedido...
Ricardo e Alberto espreitam pelo vidro e vêem uma multidão de cartazes a dizer “Salvem a floresta” e “Parem com a exploração florestal”.Alberto Del Rio: Que oportunidade perfeita! Quero ver que disparates estes pobretanas dizem a meu respeito.
Ricardo Rodriguez: Senhor, não acho que isso seja aconse...
Mas já era tarde de mais. Alberto estava já fora do carro a fazer as suas poses habituais apenas para aumentar ainda mais o ódio da multidão.Alberto Del Rio: Então seus chiuauas? Vierem ver grandeza em pessoa?
Mulher da multidão: Assassino!
Alberto Del Rio: Assassina é você com essa voz.
Alberto continua a caminhar para a árvore que, simbolicamente, teria de cortar. Uma maneira de marcar o início da desflorestação. Contudo, uma chuva de frutas lançada pela multidão obriga Alberto a voltar para dentro do carro para uma fuga rápida. Contudo, Alberto grita pela janela do carro.Alberto Del Rio: Que palhaçada! Acham que me assustam com isto? Eu só fugi porque este fato vale mais que todas as vossa fortunas combinadas!
Alberto volta para dentro do carro.Alberto Del Rio: Tinhas razão Ricardo. O mais esperto era ter ficado dentro do carro. Estes ingratos nem se apercebem da sua sorte ao estarem perto de mim. Não achas?
Mas Ricardo não responde. Parece estar hipnotizado a ouvir algo no seu telemóvel.Alberto Del Rio: Ricardo?
Ricardo continua na mesma.Alberto Del Rio: RICARDO!
Ricardo desliga o seu telemóvel atrapalhado.Alberto Del Rio: Que falta de respeito é essa, Ricardo? Ao menos, diz... ela é boa?
Ricardo Rodriguez: Não tem nada a ver com isso senhor. Parece que os seus adversários dos quartos de final já são conhecidos. É o Bryan Danielson e o Eddie Kingston. E parece que o Bryan até já decidiu dar à língua. E era isso que estava a ouvir.
Alberto parece intrigado.Alberto Del Rio: Estás a dizer que o Bryan fez um vídeo a falar mal sobre mim?
Ricardo Rodriguez: Bem, não é só sobre si...
Alberto Del Rio: É um avanço para aquele neandertal. Aposto ainda assim, que gravou numa sala quase vazia e pobre em decorações, que deve ser a sua sala de jantar.
Ricardo Rodriguez (a rir): Sim, e ele disse...
Alberto faz um sinal a Ricardo.Alberto Del Rio: Pára já aí Ricardo. Sabes bem que pouco me importa o que gente suja como o Bryan diz. Ou melhor, ladra, porque então este Bryan parece mais um cão. Mas dou crédito, porque este cão morde. Mas só agressão não o vai levar a lado nenhum. Intensidade basta para ele se borrar, ou seja, quando ele abre a boca. Eu vi muitos a vir e a irem e posso dizer que o Bryan tem o que é preciso para estar no topo. Apenas teve azar de me apanhar pela frente neste torneio. Ou melhor, nesta empresa. Sim, porque o lugar no topo já está reservado para mim. O segundo lugar está livre. Não é tão gratificante, mas ao menos ficam perto da glória e fama de Alberto Del Rio.
Ricardo Rodriguez: Senhor, vejo que nem falou do Eddie Kingston...
Alberto Del Rio: Eu nem sei quem é esse, Ricardo! Nunca ouvi o nome dele, nunca o vi mais gordo ou mais magro. Mas decerto que ele não está neste combate à toa. Não é pela capacidade dele, que deve ser nula. Isto tem mão do Eric por todo lado. Ele quer ver-me fora do torneio e por isso dá-me dois adversários. Mas isso não interessa. Quando se tem o talento e intelecto como eu, independentemente da qualidade e número dos meus adversários, o resultado é sempre o mesmo. Vitória!
E esse é o meu destino!A limusine continua o seu caminho para a casa de Alberto.